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Líder do Sendero Luminoso diz que grupo quer se desmobilizar

Artemio afirma que guerrilha foi derrotada por governo do Peru

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um dos comandantes do Sendero Luminoso, José Flores Hala -o camarada Artemio-, afirmou que a guerrilha maoista que age no Peru desde a década de 1980 deseja se desmobilizar e não atacará novamente as forças de segurança do país.

O líder guerrilheiro disse que o Sendero Luminoso foi derrotado pelo governo e que o movimento quer uma solução política para o conflito.

"Não temos a menor intenção de brandir as armas da guerra, da luta armada. Não. Sinceramente, propomos uma solução política. Queremos que isso acabe, mas por meio de uma mesa de negociações", disse.

As declarações foram dadas por Artemio em uma entrevista a jornalistas peruanos na semana passada -em uma acampamento na selva. As reportagens só foram publicadas ontem.

Artemio disse, porém, que não desmobilizará seu grupo -formado por aproximadamente 150 combatentes- sem "um processo de negociações francas e reais".

O guerrilheiro disse ter feito duas tentativas de negociar com o presidente Ollanta Humala, por meio de cartas, ambas sem sucesso.

Humala teria oferecido a possibilidade de rendição incondicional e entrega das armas, sem possibilidade de negociação. Teria oferecido ainda dinheiro para Artemio sair do país com sua família.

O guerrilheiro disse não ter aceitado a proposta, pois ela seria uma traição ao fundador do Sendero Luminoso, Abimael Guzmán, preso desde 1992.

Desde a prisão dele e de diversos líderes do grupo na década de 1990, o Sendero Luminoso foi enfraquecido.

Hoje opera em pequenas unidades escondidas na selva. Artemio é sua principal liderança. Ele pediu intermediação da Cruz Vermelha e da Igreja Católica no processo de desmobilização.

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