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Crescem polêmicas com judeus ultraortodoxos

Controvérsias vão de segregação em ônibus a vestir crianças como em campos de concentração

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os judeus ultraortodoxos, grupo minoritário que perfaz cerca de 10% da população de Israel, têm realizado uma série de ações polêmicas nos últimos meses, em resposta ao que consideram ser uma "campanha nacional" contra o seu estilo de vida.

Na mais recente dessas ações, no sábado, centenas de membros da comunidade ultraortodoxa -inclusive crianças- se vestiram com uniformes de prisioneiros de campos de concentração durante protesto. Diversos políticos e grupos condenaram a utilização de imagens ligadas ao Holocausto.

No centro da controvérsia estão desde práticas dos ultraortodoxos como separação entre gêneros em espaços públicos (ônibus, por exemplo) até cuspir em uma menina de oito anos por estar vestida "imodestamente".

Recentemente, uma mulher negou-se a ceder à pressão de judeus ultraortodoxos para que se sentasse no banco de trás em um ônibus.

O resultado é que, na semana passada, milhares de pessoas em Beit Shemesh (30 km de Jerusalém) protestaram contra a intolerância religiosa, carregando cartazes com mensagens como "Impeçam Israel de virar o Irã".

A segregação defendida pelos ultraortodoxos não é novidade, mas a controvérsia tem crescido à medida que a população do grupo tem aumentado e se expandido para outras regiões de Israel.

Especialistas dizem que o aumento da radicalização é também uma reação à exposição dos jovens a outras influências (como a TV), o que pode enfraquecer o grupo.

Os ultraortodoxos fazem parte da coalizão do premiê Binyamin Netanyahu. Recebem ajuda estatal para que não tenham que trabalhar e possam estudar textos religiosos, e muitos não têm que prestar o serviço militar.

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