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China compara nova doutrina dos EUA a 'touro em loja de porcelana'

Ásia-Pacífico é prioridade da nova estratégia militar americana

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A mudança de foco militar norte-americano, em que a prioridade passa a ser a região da Ásia-Pacífico (sobretudo a China e depois o Irã), foi criticada pela mídia estatal chinesa, que afirmou que os EUA devem se "abster de flexionar os seus músculos".

"Os Estados Unidos são bem-vindos para contribuir mais para a paz e a estabilidade na região da Ásia-Pacífico, mas o seu possível militarismo vai provocar um excesso de má vontade e terá forte oposição na região mais dinâmica do mundo", diz editorial da agência Xinhua.

Ainda de acordo com a agência, se os EUA optarem pelo militarismo, "será como um touro em uma loja de porcelana e vai colocar em risco a instabilidade da região, em vez de aumentá-la".

Já o jornal "Global Times" disse, também em editorial, que os EUA "não podem parar o avanço da China" e que Pequim não deve "ceder sua segurança periférica".

"Lidar com as tentativas de controle dos EUA deveria ser um dos objetivos estratégicos da diplomacia chinesa."

A China, além de principal motor da economia global, é disparada o maior credor externo dos EUA, o que torna provável que uma ação militar americana tenha que ser financiada indiretamente por Pequim, por meio da compra de títulos da dívida da maior economia do mundo.

A nova estratégia militar americana, anunciada anteontem, prevê menos homens em campo, mais tecnologia e operações de inteligência.

Ela estabelece nominalmente a China como foco. Ainda assim, Pequim é tratada como um rival com o qual deve haver cooperação.

"No longo prazo, a emergência da China como potência regional terá o possível efeito de afetar a economia e a segurança dos EUA de uma série de formas", diz o documento, que prevê redução de 13,3% no efetivo do Exército americano em dez anos, para 490 mil militares.

"Deve ser acompanhada de maior clareza das intenções estratégicas, para evitar a fricção na região."

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