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Morte de cavalos que atendem turistas em NY gera protestos

VERENA FORNETTI
DE NOVA YORK

Em seis semanas no fim de 2011, quatro cavalos que puxam carruagens no Central Park, em Nova York, morreram ou desmaiaram por exaustão, segundo ONGs de defesa de animais.

As fotos dos bichos caídos no asfalto se espalharam pela internet e reacenderam a discussão sobre o tratamento dado a eles.

Em novembro, políticos e ativistas entregaram ao prefeito um pedido para que as carruagens, populares entre turistas, fossem banidas.

No último dia de 2011, houve protesto no parque contra as mortes.

"No fim do ano os cavalos trabalham sem parar", afirma Elizabeth Forel, da Coalizão para Banir Carruagens Puxadas por Cavalos.

Forel diz que o mais provável é que a maioria das mortes e dos desmaios não seja denunciada. O último episódio divulgado foi no dia 4 de dezembro, quando um animal que transportava quatro passageiros caiu.

O caso de outro cavalo, Charlie, morto em outubro enquanto puxava uma carruagem, foi denunciado por um homem que assistiu à cena.

Cerca de 200 cavalos trabalham no Central Park, e 68 carruagens têm permissão para circular na cidade.

Em abril do ano passado, o prefeito Michael Bloomberg anunciou regulação mais exigente. Na ocasião, defendeu a atividade: "As carruagens são um ícone de Nova York".

Segundo as regras, cavalos de carruagem não podem trabalhar mais que nove horas por dia e devem descansar no mínimo 15 minutos a cada duas horas. Também devem ter "férias" todo ano. Mas para ativistas, não há fiscalização.

Edita Birnkrant, da Amigos dos Animais, estima que animais que puxam carruagens vivam quatro anos. Segundo o Park Hospital Equino, em Kentucky, cavalos vivem em média 30 anos.

"[Os animais] trabalham em um ambiente estressante e perigoso, aspirando o ar tóxico que sai do escapamento de veículos. Muitas vezes têm dor nas pernas e doenças causadas pelo fato de andarem no asfalto", diz Birnkrant.

O preço cobrado é US$ 50 (R$ 92) por um passeio de 20 minutos.

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