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Autora ortodoxa celebra o 'basta' contra extremistas

DE SÃO PAULO

A judia ortodoxa Barbara Sofer, 62, cobre os cabelos e o corpo e criou os cinco filhos sob os preceitos da Torá.

A escritora e colunista do "Jerusalem Post", no entanto, condena a intromissão de ultraortodoxos "extremistas" na vida de outros israelenses, como no incidente com a menina de oito anos assediada por um grupo que considerou suas roupas imorais.

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Folha - O que diferencia um judeu ultraortodoxo de outros?
Barbara Sofer - Para preservar a sua visão do judaísmo, os haredim (ultraortodoxos) se distanciam de aspectos do mundo moderno. Impõem estrita separação entre homens e mulheres fora do ambiente familiar por crerem que a mistura leva à promiscuidade -proibida pela lei judaica.

Como avalia a reação ao caso da menina assediada?
O incidente em Beit Shemesh foi decisivo num momento em que facções haredi extremistas se sentiam fortalecidas pela falta de resistência à sua intromissão agressiva na vida dos outros israelenses. O governo e os cidadãos disseram finalmente 'Basta!'. Foi importante para nós, como cidadãos de Israel, e para o premiê poder se pronunciar.

Como você se sente em relação à segregação das mulheres?
Eu condeno a segregação em todos os lugares públicos. Na esfera privada, acho que mulheres e homens têm o direito de optar por espaços separados. A sinagoga que frequento tem assentos separados, mas equivalentes.

Há uma campanha nacional contra ultraortodoxos?
Não. Há um ressentimento contra os haredim porque poucos servem o Exército e muitos não trabalham. Suas últimas exigências são vistas como incitamento e o público está lutando contra isso.

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