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Conservador 'fora do padrão', Paul atrai adesões e polêmicas

Candidato é contra intervenções militares dos EUA, mas também defende fim do Fed

DA ENVIADA A MANCHESTER
DE SÃO PAULO

O deputado texano Ron Paul, 76, médico obstetra, tenta ganhar terreno na corrida republicana com algumas ideias que diferem de proposições típicas dos conservadores americanos.

Paul é um defensor enfático da não ingerência do poder público na gestão da economia e em questões da esfera privada dos cidadãos. Segundo ele, as liberdades individuais dos cidadãos estão acima de tudo -o que implica a ideia de Estado mínimo.

O princípio vale para a administração pública e para a vida privada. Paul acredita, por exemplo, que o Estado não deve se meter no casamento gay e que os EUA têm de adotar uma política militar não intervencionista.

Essas posições renderam ao deputado, na atual campanha, adesões entre os mais jovens e entre os militares.

Ao mesmo tempo, outras propostas de Paul provocam considerável controvérsia, como a de extinguir o Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA e responsável pela política monetária do país).

Seguidores de Paul costumam classificá-lo como adepto do libertarianismo -doutrina que dá primazia ao livre-arbítrio e à soberania individual, cujas origens, segundo a "Stanford Encyclopedia of Philosophy", remontam ao filósofo iluminista inglês John Locke (1632-1704).

O deputado texano também costuma listar entre suas influências economistas da chamada "escola austríaca", radicais defensores do livre mercado e da não interferência do Estado, como Ludwig von Mises (1881-1973) e Friedrich Hayek (1899-1992).

Também admirador da filósofa e romancista russo-americana Ayn Rand (1905-1982), Paul tem um filho chamado Rand, senador republicano pelo Kentucky. O senador, porém, nega a homenagem à filósofa e diz que"Rand" é só apelido de "Randal".

PRESTÍGIO

As posições de Paul parecem ganhar prestígio entre os moradores de New Hampshire, onde ele cresceu. Nas ruas de Manchester, o candidato é o que conta com mais voluntários segurando cartazes.

"Acho que Paul está muito forte na campanha boca a boca", afirmou Tom Barton, 54.

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