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Emergentes têm desempenho fraco no último trimestre

Índice do HSBC mostra avanço econômico modesto por conta de contração do setor industrial, apesar de crescimento em serviços

ÉRICA FRAGA
DE SÃO PAULO

A atividade econômica nos países emergentes teve avanço modesto no último trimestre de 2011, depois de sofrer forte desaceleração entre julho e setembro.

É o que mostra indicador calculado pelo HSBC em parceria com a consultoria Markit que estima o desempenho da economia com base em informações como nível de estoques e contratações.

O Índice de Mercados Emergentes (EMI, na sigla em inglês) variou de 52 no terceiro trimestre para 52,2 no quarto (valores acima de 50 caracterizam expansão). Esse patamar de crescimento é o mais fraco desde o início de 2009, logo depois do estouro da crise financeira.

De acordo com relatório do HSBC ao qual a Folha teve acesso, uma nova contração - pelo segundo trimestre consecutivo - da produção do setor industrial explica o desempenho fraco das economias emergentes.

O banco ressalta que o enfraquecimento da atividade manufatureira foi mais evidente na Ásia. Mas dados calculados pelo HSBC e pela Markit também indicaram contração na atividade industrial do Brasil em dezembro.

O comportamento do setor manufatureiro foi compensado em parte por uma aceleração da atividade no segmento de serviços dos países emergentes.

Segundo o HSBC, o desempenho do setor de serviços no Brasil nos últimos três meses de 2011 foi o mais forte desde o primeiro trimestre de 2010.

De acordo com o banco britânico, a crise europeia ainda não teve forte impacto nos países emergentes.

"Na maior parte do ano passado, a perda de impulso foi associada com a fraqueza do crescimento nos EUA, no Reino Unido e nas próprias economias emergentes", diz Stephen King, economista-chefe do HSBC, no relatório.

Políticas adotadas para reduzir pressões inflacionárias contribuíram, segundo o banco, para desacelerar o crescimento dos emergentes.

E a atividade mais fraca nos últimos trimestres, por sua vez, tem ajudado a manter a inflação sob controle.

O banco prevê que, nos próximos meses, as economias emergentes sentirão os efeitos da crise europeia com mais intensidade.

Mas ressalta que os governos desses países têm espaço para cortar juros e aumentar gastos para enfrentar a piora do cenário externo.

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