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Egito suspende parcialmente o estado de emergência

Medida, no entanto, é vista com ceticismo

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Às vésperas do aniversário de um ano do começo da revolução que derrubou o ditador Hosni Mubarak, a junta militar egípcia suspendeu parcialmente o estado de emergência no país.

A medida, porém, foi recebida com ceticismo por grupos de direitos humanos, que dizem que, na prática, o governo vai poder continuar a reprimir as manifestações.

No centro da discussão está a afirmação do chefe da junta militar, marechal Mohamed Tantawi, de que o estado de emergência seria suspenso a partir da manhã de hoje, com exceção de casos de "bandidagem".

Tantawi, porém, não explicou o que seria "bandidagem", um termo que, de acordo com organizações de direitos humanos, é usado de forma muito ampla pelos militares, permitindo a prisão de qualquer pessoa.

A decisão dos militares foi comparada à tomada há alguns anos por Mubarak quando ele suspendeu parcialmente o estado de emergência, exceto em casos de terrorismo e tráfico de drogas. Na prática, porém, nada mudou.

O Egito vive em estado de emergência desde 1981, quando Mubarak assumiu o comando. Ele dá poderes às autoridades para, por exemplo, manter detidas por tempo indeterminado pessoas sem nenhuma acusação formal.

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