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Desemprego espanhol bate novo recorde e atinge marca de 22,85%

País já perdeu 2,7 milhões de postos de trabalho desde fim de 2007

RODRIGO RUSSO
DE LONDRES

O desemprego na Espanha atingiu o nível recorde de 5,3 milhões de pessoas, ou 22,85% da população economicamente ativa, divulgou ontem o Instituto Nacional de Estatísticas do país -que já detinha a maior taxa de desemprego da zona do euro.

Desde o fim de 2007, quando a Espanha foi atingida pela crise da bolha imobiliária, o país perdeu 2,7 milhões de postos de trabalho, 55% deles no setor de construção, de acordo com o "El País".

No quarto trimestre de 2011, o número de desempregados aumentou em 295,3 mil pessoas quanto ao terceiro trimestre, quando a taxa era de 21,5% da população ativa.

Ainda ontem, a agência de avaliação de riscos Fitch rebaixou a classificação da Espanha de "AA-" para "A". Bélgica, Chipre, Eslovênia e Itália também sofreram diminuição em suas notas.

A Fitch também divulgou que há probabilidade de novas reduções em sua próxima revisão, o que significa preocupação com o cenário econômico europeu.

Para a agência, a intensificação da crise na zona do euro no último semestre reduziu a efetividade das políticas monetárias adotadas pelo Banco Central Europeu e mostrou os riscos da ausência de um "muro de proteção" confiável contra contágio.

Quanto menor a nota atribuída a um país, maior a chance de que ele não honre seus compromissos financeiros. A Grécia, que discute os termos de um novo acordo com credores privados, tem nota "CCC" pela Fitch.

Em Davos, o comissário europeu para Assuntos Econômicos, Olli Rehn, disse que a solução está muito próxima e que pode ser anunciada durante o fim de semana.

Enquanto o acordo não é costurado, os títulos da dívida de Portugal sofreram dois dias com juros recordes desde a adoção do euro. O temor é que o país seja o próximo a sofrer as consequências da crise e que precise de um novo plano de resgate.

Os juros para títulos com vencimento em dez anos pela primeira vez passaram de 15%; no de menor prazo (cinco anos), atingiu juros de 19,82%, e o de três, 21,11%.

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