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Para brasileiro, situação piorou dos dois lados

ISABEL FLECK
DE SÃO PAULO

A Comissão Independente de Investigação da ONU sobre a Síria, que prepara novo relatório a ser entregue em 12 de março ao Alto Comissariado para Direitos Humanos, considera que a violência aumentou pelo maior acesso às armas também por opositores ao regime.

"A situação de uma certa maneira se agravou porque se intensificou o recurso a armas por parte dos dois lados", disse à Folha o brasileiro Paulo Sérgio Pinheiro, que preside a comissão, criada em agosto.

A comparação é com o período anterior a novembro, quando foi divulgado o primeiro relatório do grupo. Desde então, a comissão continua em Genebra, reunindo depoimentos de ativistas, dissidentes e também apoiadores do regime.

Como no primeiro relatório, o governo Assad não permitiu a entrada do grupo no país para coletar dados e depoimentos. Pinheiro diz ainda ter esperança de poder fazê-lo, com toda a comissão, até março. "Estamos prontos para viajar na hora que a Síria der um OK", disse.

Ele, no entanto, afirma que tem conseguido manter um contato "fluido" com a representação da Síria em Genebra, o que garantirá o lado do governo no relatório. "Mas gostaríamos de entrar, de falar com as famílias [de soldados mortos], com as forças de segurança."

Em janeiro, Pinheiro se encontrou com o secretário-geral da Liga Árabe e colheu informações sobre a missão do bloco ao país.

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