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Após 4 dias, Irã libera web, mas bloqueia sites

SAMY ADGHIRNI
DE TEERÃ

Autoridades do Irã afrouxaram ontem restrições para o uso da internet, após quatro dias em que era praticamente impossível navegar e trocar e-mails no país.

O aperto no cerco digital foi lançado num momento de preocupação para o governo, que acaba de comemorar o 33º aniversário da República Islâmica em meio à tensão com EUA e Israel. O país se prepara para eleições legislativas em 2 de março.

Será o primeiro voto no Irã desde 2009, quando o governou reprimiu com violência protestos contra a reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad.

Na manhã da última sexta-feira, véspera da data comemorativa da Revolução Islâmica, sites normalmente tolerados, como Gmail e Yahoo, ficaram bloqueados ou lentos ao ponto de se tornar impraticáveis.

A barreira à internet foi tida por muitos iranianos ouvidos pela Folha como uma das mais severas já impostas. Programas informáticos ilegais amplamente usados para contornar os filtros oficiais não funcionaram.

Ontem, a internet voltou a funcionar, mas alguns sites permaneciam bloqueados.

Entre eles, o da Folha.com, que até a semana passada era acessado sem dificuldade.

O endereço do jornal parece ter sido incluído na lista dos cerca de 5 milhões de sites permanentemente vetados, como BBC, CNN e "New York Times", acusados por Teerã de cumplicidade num suposto complô global contra interesses iranianos.

O mesmo ocorre com os sites dos jornais "O Estado de S. Paulo" e "O Globo".

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