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Repórter do 'New York Times' morre na Síria aos 43

DE JERUSALÉM

Anthony Shadid, 43, premiado correspondente do "New York Times" em Beirute, morreu anteontem na Síria, aparentemente de um ataque de asma.

Ele estava a caminho da divisa com a Turquia, após ter entrado clandestinamente uma semana antes para reportar sobre a revolta contra o regime sírio.

Segundo o fotógrafo Tyler Hicks, que o acompanhava, Shadid começou a se sentir mal quando entrou na Síria, com a ajuda de guias a cavalo, animal ao qual era alérgico.

Na saída do país, teve um forte acesso e não resistiu, mesmo após as tentativas de reanimação. O pai de Shadid, Buddy, confirmou que o filho sofria de asma desde a infância e sempre levava remédios.

Veterano de coberturas arriscadas na região, Shadid ganhou duas vezes o Pulitzer, prêmio mais importante do jornalismo norte-americano, por suas reportagens no Iraque.

Americano de origem libanesa, falava árabe fluentemente e se tornou um dos mais admirados correspondentes no Oriente Médio pela prosa refinada, pela profundidade de suas análises e pelo faro para achar novos ângulos em histórias conhecidas.

Em 2002, Shadid foi baleado na Cisjordânia durante a segunda intifada (revolta) palestina. Em 2011, ficou seis dias preso por forças leais a Gaddafi durante a revolução líbia.

"Anthony morreu como viveu -determinado a ser testemunha da transformação que varre o Oriente Médio", disse a editora-executiva do "New York Times", Jill Abramson.

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