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George Clooney faz protesto contra o governo do Sudão e acaba detido

Notícia sobre a detenção do astro de Hollywood em Washington domina a TV e a web

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O ator George Clooney e outras 13 pessoas -incluindo seu pai, Nick, e deputados democratas- foram presos ontem em um protesto diante da Embaixada do Sudão em Washington, coroando com manchetes uma semana de lobby contra o ditador Omar Bashir na capital.

"Protestamos para chamar atenção para o fato de que o governo sudanês está cometendo atrocidades contra seu próprio povo", disse o ator a câmeras de TV antes de iniciar o ato político pelo qual passaria cinco horas detido.

A tática deu certo. Além de tomar sites e canais de TV, a notícia de sua prisão passou parte do dia entre os temas mais comentados do Twitter, onde deu origem ao tópico de discussão #FreeClooney (libertem Clooney) e a apelos de ativistas e fãs.

Protestos em Washington são frequentes, mas breves, e raramente acabam resultando na prisão de alguém.

Clooney e os demais manifestantes, como Martin Luther King 3º (filho do líder civil assassinado), foram presos pelo Serviço Secreto após três alertas por "invadirem desordenadamente um limite estabelecido pela polícia".

Não havia ficado claro, até a conclusão desta edição, se eles pagaram fiança. Solto, o ator brincou sobre seu tratamento. "Já foram para a cadeia com essa gente?", disse, aludindo aos colegas.

Clooney passou a semana em reuniões em Washington e, na quarta, depôs sobre a situação no Sudão, que visitara, em uma audiência no Senado, para a qual fãs e ativistas fizeram longa fila.

O ator pede o aumento da ajuda humanitária para o país, onde as forças de Bashir dificultam a distribuição.

Segundo a organização humanitária Médicos Sem Fronteiras, 80 mil pessoas fugiram dos conflitos e bombardeios no Estado do Nilo Azul rumo ao vizinho Sudão do Sul, que se separou do país no ano passado.

"É preciso que a oferta de ajuda humanitária seja ampliada com urgência", pediu a ONG em comunicado.

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