Brasil reclama de ausência de Cuba em cúpula

Com uma reunião focada em educação, cooperação científica e tecnológica e parcerias econômicas -tópicos que a presidente Dilma Rousseff definiu como tripé dos interesses na relação com os EUA-, os assuntos de política global acabaram apenas pincelados pelos governantes.

A brasileira afirmou ter levado ao americano o que chamou de "consenso regional" de que Cuba deve voltar a participar da Cúpula das Américas -Havana foi excluída do encontro anual, neste fim de semana, na Colômbia.

"Não houve pedido. É consenso. Esta é a última Cúpula das Américas sem Cuba", disse Dilma a jornalistas ao ser indagada se havia intervindo pela ilha. "Obama não disse nada. Não havia o que dizer."

Segundo a presidente brasileira, dois temas delicados das relações -o programa nuclear do Irã e a candidatura brasileira a um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU- tampouco foram abordados.

No comunicado conjunto emitido ao fim do encontro, porém, Obama reafirmou seu "apreço" pelo pleito brasileiro, algo que já havia feito em sua visita em março de 2011.

Oriente Médio e norte da África foram debatidos, mas de maneira genérica.