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Escândalo com vice provoca a primeira baixa na Argentina Cristina indica substituto para o cargo de procurador-geral, cujo titular renunciou DE BUENOS AIRESA presidente da Argentina, Cristina Kirchner, apresentou o nome de um aliado de seu vice, Amado Boudou, para substituir Esteban Righi, ex-procurador-geral, que renunciou anteontem. Righi havia sido citado no discurso em que Boudou se defendeu de acusações de corrupção. Ele acusou Righi, antigo aliado do peronismo, de tráfico de influência. O escolhido de Cristina é Daniel Reposo, titular do órgão de auditoria vinculado à Presidência. A aprovação final depende do Senado. Righi é a primeira baixa em decorrência do escândalo Boudou, denunciado há dois meses pelo programa de rádio do jornalista Jorge Lanata, na Rádio Mitre (que pertence ao grupo Clarín). O vice estaria envolvido na recuperação de uma gráfica falida, a cargo de um amigo seu, Alejandro Vanderbroele. Depois da intervenção de Boudou, a Calcone passou a imprimir folhetos da campanha presidencial de Cristina e notas de 100 pesos. A denúncia foi feita pela ex-mulher de Vanderbroele. Logo, surgiram também acusações de que o vice estaria favorecendo um grupo de empresas de amigos. Na última semana, o juiz Daniel Rafecas ordenou uma busca no apartamento do vice e encontrou notas que provam a relação dele com Vanderbroele. Boudou foi, então, ao Senado, do qual é líder, e fez uma declaração em que acusava jornais, empresários e a Justiça de armarem um cerco contra ele. A deputada oposicionista Elisa Carrió rompeu o silêncio que mantinha desde que foi derrotada nas últimas eleições presidenciais para fazer duras críticas a Boudou e Cristina Kirchner. Carrió chamou o vice de "mafioso", "alpinista social" e "grande corrupto" e acusou Cristina de "liderar uma corporação de esquerda que mora em Puerto Madero [bairro nobre de Buenos Aires] e que tem milhões e milhões de dólares". (SYLVIA COLOMBO) Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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