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Hillary quer falar sobre Irã e Síria com Brasil

Secretária de Estado norte-americana fará visita a Brasília no início da semana que vem

Mike Theiler/Reuters
Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, em reunião
Hillary Clinton, secretária de Estado dos EUA, em reunião

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

A secretária de Estado americana Hillary Clinton planeja tratar de Irã e Síria com o governo brasileiro quando visitar Brasília nos próximos dias 16 e 17, anunciou ela ontem durante evento na Casa Branca em preparação para a Cúpula das Américas, neste fim de semana.

"Quando eu for para Brasília, na próxima semana, minhas conversas vão focar os grandes desafios de nossos dias, da Síria e do Irã a crescimento e desenvolvimento", afirmou Hillary, sem dar mais detalhes a respeito.

Será a primeira conversa oficial entre os dois governos desde que os EUA rechaçaram um acordo mediado pelo Brasil e a Turquia sobre o programa iraniano, em 2010.

Neste fim de semana, Istambul sediará a retomada das negociações a respeito do programa de Teerã.

O programa nuclear do Irã foi evitado no encontro da presidente Dilma Rousseff com Barack Obama, na última segunda, em Washington.

Já a respeito da Síria, Dilma expôs, na segunda, sua preocupação a respeito de uma eventual intervenção militar no país e do apoio americano à oposição, citando a Líbia como caso malsucedido, afirmou à Folha uma pessoa presente ao encontro.

Obama repetiu a posição dos EUA de trabalhar com as forças antirregime e pressionar com sanções; não houve um diálogo de fato.

Política global foi tratada só lateralmente pelos líderes, que focaram a economia.

Mas Hillary, que pouco antes se reunira com outros chanceleres do G8, insistiu em que as relações dos EUA com a América Latina são um "componente importante do debate sobre questões globais como a mudança climática, o crescimento da economia e do comércio global e a política de não proliferação".

Apesar de a secretária enfatizar desenvolvimento e clima, a Casa Branca já deu a entender que Obama não irá à conferência Rio+20, em junho. Quando Dilma repetiu o pedido na segunda-feira, o americano respondeu, segundo um presente, que "dependeria de sua agenda".

O Brasil, porém, pretende insistir até o último minuto para que o americano faça ao menos uma passagem-relâmpago, disse à Folha uma pessoa envolvida na discussão.

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