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Missão da ONU na Síria deve ficar sob o controle do regime de Assad

Intenção é garantir segurança de monitores, diz porta-voz do governo

DE JERUSALÉM

Com o cessar-fogo na Síria ameaçado pela continuação da violência, a porta-voz do regime de Bashar Assad indicou ontem que a missão de observadores da ONU ficará sob o controle do governo.

A chegada ao país dos primeiros observadores foi confirmada ontem, em meio a relatos de que forças sírias retomaram a ofensiva contra focos rebeldes na cidade de Homs (centro-oeste).

A segurança dos monitores não poderá ser garantida a menos que o governo esteja envolvido "a cada passo", disse a porta-voz do regime, Bothaina Shabaan.

"A duração do trabalho dos observadores e as prioridades de seus movimentos serão em coordenação com o governo sírio", disse ela.

A possível restrição aumenta as dúvidas em torno do frágil cessar-fogo intermediado pelo enviado da ONU e da Liga Árabe, Kofi Annan, em vigor desde quinta-feira.

Um semelhante, da Liga Árabe, fracassou no início do ano devido às restrições impostas aos seus observadores e à continuação da violência.

Em 13 meses de revolta popular contra o regime, mais de 9.000 civis foram mortos, estimam as Nações Unidas.

Horas antes da chegada dos monitores, a trégua parecia caminhar para o colapso.

Segundo ativistas da oposição, os bombardeios em Homs mataram ontem entre 4 e 11 pessoas. O regime voltou a acusar "grupos terroristas" e se disse no direito de responder à violência.

Aprovada no sábado pelo Conselho de Segurança da ONU, a missão de observadores deve começar a trabalhar hoje com contingente avançado de seis homens -que deverá chegar a 30 nos próximos dias.

(MARCELO NINIO)

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