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EUA lançam nova rodada de sanções à Síria e ao Irã

Desta vez, está na mira a tecnologia usada por regimes para perseguições

Anúncio é feito por Barack Obama, presidente dos EUA, durante discurso no Museu do Holocausto

LUCIANA COELHO
DE WASHINGTON

O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou ontem uma nova rodada de sanções contra o Irã e a Síria, desta vez mirando empresas e indivíduos que forneçam tecnologia aos dois governos para perseguir ativistas civis.

"Essas tecnologias devem existir para dar poder aos cidadãos, não para reprimi-los", declarou Obama, referindo-se sobretudo aos mecanismos de telecomunicações. "[Estas sanções] são mais um passo rumo ao dia que sabemos que virá, o do fim do regime de [Bashar] Assad."

O discurso foi feito no Museu do Holocausto, em Washington, ao lado do Nobel da Paz Elie Wiesel, e Obama aproveitou ainda para cortejar o eleitorado judeu.

No dia em que pelo menos mais 30 pessoas morreram vítimas da repressão na Síria, o democrata, criticado pela direita nos EUA por hesitar em tomar medidas mais duras contra Assad, enfatizou as ações de seu governo.

"Com parceiros e aliados, continuaremos a aumentar a pressão por meio de um esforço diplomático ainda mais amplo para isolar Assad e seu regime e continuaremos a ampliar as sanções para cortar o dinheiro de que o regime precisa para sobreviver."

Também ontem, a União Europeia anunciou que vetou a venda de produtos de luxo e de produtos que possam ter uso militar ou policial pelo regime em Damasco. A ONU estima que 9.000 tenham sido mortos desde que os protestos começaram na Síria, há pouco mais de um ano.

TELEFONIA CELULAR

As medidas de Obama, parte de um plano para tentar conter abusos de direitos humanos mundo afora, bloquearão bens que as empresas e indivíduos denunciados tenham nos EUA, além de proibir cidadãos e empresas americanas de manterem transações comerciais com eles.

Entre os alvos estão o chefe da inteligência síria, Ali Mamluk, e o Ministério da Informação do Irã.

Está também a Syriatel, empresa de telecomunicações que detém 55% do mercado de telefonia celular síria, que vem gravando conversas a pedido do governo -como empresas dos EUA fizeram após o 11 de Setembro.

Com agências internacionais

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