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Nacionalizações começaram em 2006, com gás

DE SÃO PAULO

Soldados armados ocupando instalações, bandeiras representando as diversas etnias indígenas da Bolívia flamejando. Aconteceu na sede da empresa elétrica TED, de capital espanhol, em Cochabamba, ontem, e aconteceu num dos campos de gás explorados pela Petrobras em 2006, no sudeste do país.

As ações, gêmeas, mas de voltagens políticas bastante diferentes, mostram o roteiro seguido pelo presidente Evo Morales para usar o 1º de Maio como um momento de reconexão com suas bases, nem sempre em paz com o governo, e com a retórica nacionalista e de esquerda.

A nacionalização do gás, na qual a estatal brasileira foi a principal atingida, abriria uma crise entre La Paz e Brasília que só seria superada mais de dois anos depois.

Sem alternativa ao gás boliviano, a Petrobras renegociou para ficar, chegando a acordo nos pontos exigidos por Morales: renegociação de contratos de exploração (com aumento dos impostos); compra compulsória de duas refinarias da empresa; e a renegociação do preço do gás enviado ao Brasil.

EQUADOR

Não foi a opção da Petrobras em outros países que também mudaram o marco legal de hidrocarbonetos na última década: Venezuela e Equador.

Com a descoberta das reservas do pré-sal, a empresa optou por deixar o país de Rafael Correa e diminuir bastante suas atividades no de Hugo Chávez. No Equador, ela não aceitou a lei que obrigava as sócias privadas a serem prestadoras de serviços, e não exploradoras. A Petrobras acaba de negociar com Quito indenização de US$ 217 milhões por seus ativos no país.

(FM)

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