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Tribunal americano acusa cinco pelo 11 de Setembro

Suspeitos se recusaram a declarar se são culpados ou inocentes, durante audiência

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Os cinco suspeitos pelos atentados de 11 de Setembro de 2001 foram formalmente acusados ontem pela morte de cada uma das 2.976 vítimas do ataque aos EUA.

Eles são julgados em um tribunal militar na base americana de Guantánamo, em Cuba. Entre os acusados está Khalid Sheikh Mohammed, do Kuait, visto como o mentor dos atentados. Além dele, o iemenita Ramzi Bin al Shibh, o paquistanês Ali Abd al Aziz e os sauditas Walid bin Attash e Mustafa al Hussaui.

Eles foram acusados de "complô, ataque a civis, assassinato e violação das leis de guerra, destruição, sequestro e terrorismo".

Dessa maneira, os cinco podem ser condenados à pena de morte pelos atentados.

Eles se recusaram, durante a primeira audiência, realizada ontem, a declarar-se culpados ou inocentes pelas mortes do 11 de Setembro.

Foram mais de nove horas de julgamento, durante as quais os cinco acusados desafiaram o tribunal militar de Guantánamo -ajoelhando-se para rezar, ignorando questões do juiz e se negando a ouvir as traduções em árabe, retirando os fones dos ouvidos. Dois deles folhearam a revista "Economist".

Walid bin Attash teve de ser preso a uma cadeira. Ele foi solto apenas quando prometeu comportar-se.

"Talvez eles me matem e digam que eu cometi suicídio", afirmou Ramzi Bin al Shibh, em uma mistura entre a língua árabe e a inglesa.

Os advogados de defesa dos cinco afirmam que seus clientes estão sendo maltratados durante as audiências, o que pode abrir caminho para futuras apelações.

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