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Fracassa a 3ª tentativa de coalizão grega

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O partido de esquerda Syriza reiterou, ontem, sua recusa em tomar parte da coalizão para o governo da Grécia ao lado do social-democrata Pasok e do conservador Nova Democracia.

Com o rechaço do Syriza, torna-se mais improvável a formação de um novo Executivo. Tornando provável, por sua vez, a convocação de eleições antecipadas no país.

Alexis Tsipras, atual líder do Syriza, afirma que o grande obstáculo para a coalizão é o compromisso de austeridade firmado entre os dois grandes partidos gregos e a União Europeia (UE).

"O memorando [com a UE] não foi rechaçado pelo Syriza, mas pelo povo grego", diz, referindo-se à queda no número de votos no Pasok e no Nova Democracia nas eleições de domingo passado.

"O povo heleno recusou [a austeridade], e ninguém tem o direito de aplicá-la, sob qualquer espécie de governo."

A participação do Syriza em uma coalizão é a condição exigida pelo Dimar, chapa de centro-esquerda, para formar aliança com Pasok e com Nova Democracia. Sem que isso aconteça, o Executivo grego não terá maioria absoluta no Parlamento.

Evangelos Venizelos, chefe do Pasok, confirmou o fracasso das negociações e criticou a "arrogância" de Tsipras. Ele afirma que o esquerdista conta com novas eleições, de olho nas pesquisas que mostram que o Syriza seria o partido vencedor.

Venizelos tem o encargo de formar um governo para a Grécia. Mas ele afirma que irá devolver o mandato hoje ao presidente do país, esperando "que todos sejam mais responsáveis" no futuro.

Antes dele, fracassaram no mesmo intento Antonis Samaras, líder do Nova Democracia, e o próprio Tsipras.

É esperado que o presidente grego convoque líderes de partidos para discutir a formação de um Executivo de união nacional. Caso falhe também essa medida, as eleições gregas podem ser marcadas para 10 ou 17 de junho.

RISCO NA ZONA DO EURO

A agência de classificação de risco Fitch alertou ontem toda a zona do euro que, caso a Grécia venha a abandonar o bloco econômico, os países restantes terão suas avaliações postas em risco.

Quem já estiver sob perspectiva negativa poderá ser rebaixado: França, Itália, Espanha, Chipre, Irlanda, Portugal, Eslovênia e Bélgica.

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