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Castas atrasam desenvolvimento, diz governo

DO ENVIADO À ÍNDIA

Família industrial bem estabelecida brâmane procura par para sua filha. Que seja bem estabelecido, bem-educado, belo. E brâmane.

O anúncio estava em destaque na página de casamentos do jornal "Hindustan Times" no domingo 15 de abril, ao lado de dezenas de outros na seção "procuram-se noivos". Tarjas vermelhas dividiam a página em castas (brâmane é uma das mais altas).

O governo indiano desestimula a divisão social por castas e não as reconhece formalmente. Mas admite que existam 4.200 no país, divididas regionalmente, por atividade profissional ou condição socioeconômica.

Pertencer a uma delas é uma herança familiar de séculos, e muitas vezes seus membros se fecham e evitam contato com outras castas, sobretudo na área rural, onde ainda vivem 70% dos indianos. Para o dinamismo do país, é um tormento.

"Existe uma Índia de primeiro mundo, uma de segundo, uma de terceiro e uma de quarto mundo", afirma Jairam Ramesh, ministro do Desenvolvimento Rural.

A Índia de primeiro mundo pode ser vista em ilhas de excelência no país. Bangalore, cidade de 6 milhões de habitantes com as dores comuns do inchaço de uma metrópole (engarrafamentos, poluição, lixo acumulado nas ruas), tem várias delas.

Lá ficam, por exemplo, a sede da agência espacial indiana, que desde 1963 já pôs em órbita 65 satélites. E da Hindustan Aeronautics Limited (HAL), produtora autorizada de caças Sukhoi (russo) e aviões de treinamento militar Hawk (britânico). (FZ)

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