Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Grupo invadiu sessão da Câmara e, do lado de fora, deu tiros ao alto

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM PORTO PRÍNCIPE

Embora fiquem na maior parte do tempo dentro das antigas bases, os paramilitares já deram duas demonstrações de força recentemente, ocupando um prédio do governo e ameaçando deputados.

Eles invadiram armados uma sessão da Câmara em 17 de abril, no dia em que seria analisada a indicação de Laurent Lamothe como premiê. Do lado de fora, diversos tiros ao alto foram disparados.

O grupo queria pressionar os deputados pela ratificação do indicado do presidente Michel Martelly para a vaga de premiê e pela reorganização das Forças Armadas.

Em entrevista a uma rádio local, o senador de oposição Andrice Riché acusou o governo, dizendo que "nenhuma força paramilitar poderia existir sem a cumplicidade dos que estão no poder".

Em março, os paramilitares já haviam invadido um prédio do Ministério da Agricultura em Cap Haitien, a segunda maior cidade do país, localizada no norte. Os ex-soldados permanecem lá.

Além disso, o grupo afirma dominar 200 bases ou postos militares, onde treinam os supostos 15 mil homens que controlam. A Minustah mantém hoje no país 7.340 militares, e a PNH (Polícia Nacional do Haiti) conta com um contingente de 10,6 mil.

Embora evitem comentar publicamente, as autoridades haitianas consideram que os números dos paramilitares são superestimados. Independentemente disso, a ameaça contribuiu para tumultuar um início de ano já complicado para o Haiti.

No mês passado, a polícia fez greve por alguns dias após o assassinato do policial Walky Calixte -um deputado, Rodriguez Sejour, foi acusado de ser o mandante, o que ele nega. Tropas da Minustah precisaram cobrir a ausência dos policiais.

(RM)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.