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Problema é a falta de confiança no país, diz ex-ministro da Economia

DE BUENOS AIRES

Tido como principal responsável pela recuperação argentina pós-crise de 2001, o ex-ministro da Economia Roberto Lavagna, 70, é hoje um crítico do governo Cristina Kirchner.

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Folha - O modelo da presidente chegou a um limite?

Roberto Lavagna - Sim, ela está se beneficiando de uma época de crescimento econômico e de superavits, usando os frutos para construir uma política populista. A partir de 2007, não houve mais investimento em produção e concentrou-se muito dinheiro em subsídios. Enquanto isso, a alta inflação corrói a economia. Está tudo muito integrado, e tudo muito mal.

A política para conter a fuga de capitais é correta?

Não, porque é ineficiente e porque está afetando a produção industrial. Há setores que estão muito interligados, se falta algum componente, a produção toda se suspende.

Os carros, a construção, os laboratórios estão sofrendo uma queda na produtividade que faz com que seja mais grave o problema cambiário.

A Argentina vem caindo nos rankings de investimento estrangeiro. Isso é grave?

Os investimentos são importantes por fazer um aporte à tecnologia e em termos de abertura de mercado para ajudar o país a se integrar à economia mundial. Porém, não são o mais importante. O mais grave problema da Argentina hoje é a fuga de capitais. Para mudar, só fazendo com que o nível de confiança interno cresça. As pessoas têm de sentir confiança e não procurar refúgio no dólar.

(SC)

Leia a íntegra no site
folha.com/no1099350

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