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Rússia apoia plano de Annan, diz Europa

Segundo UE, apesar de 'divergências', Moscou concorda que acordo é 'melhor oportunidade' para fim da crise síria

Rebeldes, no entanto, dizem ter desistido de trégua e anunciam ter matado ao menos 80 militares do regime

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

A Rússia compartilha a posição europeia de que o plano do enviado da ONU à Síria, Kofi Annan, é "a melhor oportunidade para romper o ciclo de violência" e "evitar uma guerra civil" no país.

A afirmação foi feita pelo presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, após se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, em São Petersburgo.

Ele admitiu que "pode haver visões divergentes" entre Moscou e o bloco, mas destacou a necessidade de um trabalho conjunto.

"Temos que unir nossos esforços para que ele [o plano] ocorra e para encontrar uma mensagem comum. Precisamos caminhar para o fim imediato de todas as formas de violência na Síria e para um processo de transição", disse.

Putin, por sua vez, não se pronunciou sobre uma possível flexibilização em sua posição sobre a Síria. A Rússia, com o apoio da China, tem travado qualquer ação mais dura contra o regime de Bashar Assad no Conselho de Segurança da ONU.

O embaixador da China na ONU, Li Baodong, disse ontem que seu governo não está "protegendo" Assad e que tem instado todos os lados na Síria a implementar o plano de Annan, que prevê, além da trégua, o diálogo com a oposição, a libertação de prisioneiros e o respeito a protestos pacíficos.

DESISTÊNCIA

Os rebeldes sírios, no entanto, já declararam não estar mais comprometidos com a trégua proposta por Annan -devido ao não cumprimento pelo regime do cessar-fogo- e alegam ter matado pelo menos 80 militares no último fim de semana.

Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, médicos confirmaram os nomes de 80 soldados mortos. Os insurgentes ainda teriam destruído tanques em confrontos em Damasco e na província de Idlib (noroeste).

A agência estatal Sana disse que 30 soldados foram enterrados ontem em diversos locais do país.

"Decidimos não nos comprometer mais com isso [cessar-fogo]. Paramos com os nossos ataques, mas estamos fazendo ataques defensivos, o que significa que atacamos apenas postos de controle nas cidades", disse Sami Al Kurdi, porta-voz do Exército Livre da Síria.

O enviado da ONU falará ao Conselho de Segurança na próxima quinta-feira e deve se encontrar com a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, no dia seguinte.

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