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Ação dos EUA mata número 2 da Al Qaeda

Abu al Libi, morto por avião-robô no Paquistão, era considerado um dos líderes mais carismáticos do grupo

Ataque americano, que matou mais 14 pessoas, é ilegal e representa violação da soberania, diz governo paquistanês

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Abu Yahya al Libi, o número dois no comando da organização terrorista Al Qaeda, foi morto anteontem no Paquistão em um ataque de um drone (avião não tripulado) americano, de acordo com autoridades dos EUA.

Na mesma operação, no nordeste paquistanês, perto da fronteira com o Afeganistão, foram mortas mais 14 pessoas que estavam em um esconderijo na cidade de Mir Ali, no Waziristão do Norte.

"A morte dele faz parte da degradação que está tomando conta da Al Qaeda nos últimos anos", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney. Para ele, o assassinato de Al Libi foi "outro duro golpe" no grupo terrorista.

Al Libi, um líbio que tinha cerca de 40 anos, era considerado um dos líderes mais carismáticos da Al Qaeda. Ele seria responsável pelas operações do dia a dia no Paquistão, além de ser a ligação entre os comandos das diversas células da organização, como no Iêmen e no Iraque.

De acordo com uma autoridade dos Estados Unidos, que falou em anonimato para jornais norte-americanos, o terrorista era um dos mais experientes e versáteis líderes da Al Qaeda e tinha um papel crucial nos planos do grupo contra o Ocidente.

No comando do grupo, Al Libi só estaria abaixo do egípcio Ayman al Zawahiri, que sucedeu a Osama bin Laden após a morte do saudita, em maio do ano passado.

O líbio ocupava o lugar de Atiyah Abd al Rahman, morto no ano passado também em um ataque de drone dos EUA no Paquistão. Washington oferecia US$ 1 milhão em troca de informações sobre o paradeiro de Al Libi.

O ataque que matou o terrorista anteontem foi o sétimo realizado pelos drones norte-americanos nas últimas duas semanas na região tribal na fronteira do Paquistão com o Afeganistão.

Os EUA atribuem o aumento das ações com drones à melhora do tempo.

Para o Ministério das Relações Exteriores do Paquistão, porém, a operação americana é ilegal e representa uma violação da soberania.

A ação americana acontece em um momento de tensão entre os dois países. O Paquistão proibiu a passagem pelo país de caminhões da Otan, depois que 24 militares do país foram mortos no fim de 2011 em uma operação da aliança militar ocidental.

O Paquistão exige desculpas para reabrir a linha de fornecimento para as tropas da Otan no Afeganistão.

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