Índice geral Mundo
Mundo
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Nota da Espanha beira o grau especulativo

DE LONDRES

A Espanha -mesmo após ter recebido no fim de semana a promessa de contar com um pacote de resgate de até € 100 bilhões para seus bancos- segue provocando grande preocupação no mercado financeiro.

Ontem, a agência de classificação de risco Moody's rebaixou em três níveis a nota de crédito espanhola, que agora está apenas um grau acima do patamar em que os títulos são considerados especulativos ou "lixo".

A Eurostat, agência de estatísticas da UE, declarou que os recursos repassados aos bancos da Espanha terão efeito colateral indesejado: aumentarão a dívida do país.

A crise fortaleceu as pressões para que a União Europeia adote maior integração financeira.

O governo francês defende a adoção de medidas que façam com que o Mecanismo Europeu de Estabilidade, um fundo de € 500 bilhões para resgatar países em crise, também seja usado em casos de recapitalização direta de bancos, com supervisão do Banco Central Europeu -o que não é permitido pelas regras atuais do mecanismo.

As propostas serão discutidas na próxima reunião do Conselho Europeu, em 28 e 29 de junho.

O premiê da Espanha, Mariano Rajoy, divulgou ontem carta que enviou aos presidentes do Conselho Europeu e da Comissão Europeia apenas três dias antes do acordo de resgate ao seu país, a quarta maior economia da zona do euro.

Nela, Rajoy afirma que "a Europa vive a crise mais grave desde a criação da UE" e que o "euro está em risco". Para o premiê, a próxima reunião do Conselho Europeu "precisa enviar uma mensagem clara e decisiva sobre a irrevogabilidade do euro e do mercado único".

CHIPRE

Por conta da exposição aos títulos gregos, o Chipre também teve sua nota de crédito rebaixada pela Moody's. (RR)

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.