Onda de calor no verão dos EUA já deixou pelo menos 38 mortos

O calor extremo nos EUA já soma ao menos 38 mortos no verão do hemisfério Norte.

Enquanto o governo federal engrossava ontem os esforços para combater os incêndios florestais no Colorado, do outro lado dos EUA, a administração de Washington distribuía comida a famílias há dias sem energia elétrica após uma série de temporais que matou ao menos 24 pessoas na Costa Leste.

Os desastres são resultado de um verão extremo, com termômetros atingindo 40°C no Oeste, Leste e até em Chicago, no norte do país.

No Colorado, o governador John Hickenlooper disse "nunca ter visto" uma temporada de incêndios feroz como esta, disseminada pela seca: nem bem começou e o Estado, farto em florestas, contabiliza dois mortos e 600 casas queimadas. Segundo as agências de notícias, dezenas de milhares de pessoas foram removidas devido à fumaça.

Na última sexta, o presidente Barack Obama declarou a região como área de desastre e mobilizou o Departamento do Interior, o Serviço Florestal, o Departamento da Defesa e a agência de emergências (Fema).

Ontem, seus secretários da Agricultura e da Segurança Interna visitaram a área afetada, onde atuam 21 aviões-tanque de grande porte e 71 de pequeno porte.

Segundo o governo, há 700 caminhões, 120 helicópteros e 11,3 mil bombeiros e funcionários mobilizados em dez Estados do Oeste, incluindo Califórnia e Havaí.

Já na Costa Leste, o problema foi o excesso de água.

Um temporal com ventos de até 128 km/h chegou antes do previsto, arrancando árvores e derrubando galhos na noite de sexta na Virgínia, em Maryland e em Washington. Cerca de 1,4 milhão de pessoas ficou sem luz -20% delas permanecem. As aulas foram suspensas.

Nas últimas semanas, 12 pessoas morreram em decorrência do calor.

A temperatura ontem cedeu para 35°C em Washington e Nova York, mas volta hoje a subir na capital.

A Defesa Pública recomenda evitar longas caminhadas na rua, ingerir líquidos (evitando álcool e café) e preferir ambientes refrigerados.

Já os Estados do sudeste se preparam para a temporada de furacões. Na semana passada, voos que passaram pelo golfo da Flórida registraram fortes turbulências. Não há, porém, caos aéreo. (LC)