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Parceiros do Brasil batem cabeça no Mercosul

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

A crise aberta no Mercosul com a deposição do presidente Fernando Lugo e a posterior adesão permanente da Venezuela continua sendo o principal teste da diplomacia do governo Dilma Rousseff.

Crise na Síria é uma coisa, nos vizinhos é outra muito mais grave -até pela condição de líder do Brasil. E os parceiros batem cabeça, com a Argentina de Cristina Kirchner surpreendendo a cada dia com sua guinada à radicalização do grupo chavista.

A Venezuela amenizara seu tom beligerante em relação à Colômbia após a posse do presidente Juan Manuel Santos, mas esquenta agora contra o Paraguai, onde o vice Federico Franco assumiu -os dois retiraram mutuamente seus embaixadores.

Os nove meses até o pleito presidencial paraguaio são considerados de transição para o governo Franco e para o Mercosul, que enfrenta a pior crise em seus 21 anos.

A entrada da Venezuela durante a suspensão paraguaia foi decidida em reunião de Dilma, Cristina e José Mujica (Uruguai), mas rachou o bloco. Há discordâncias no governo e na sociedade uruguaios, e o Paraguai ameaça questioná-la na Justiça alegando que decisões no Mercosul devem ser unânimes.

Na reunião a três, Dilma colocou um "elemento político novo": pela primeira vez desde 1999 o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, tem um adversário real nas eleições, Henrique Capriles.

Isso reforçou o maior argumento pró-Venezuela (vetada justamente pelo Congresso paraguaio): quem entra no bloco é o país, não Chávez.

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