Rebeldes adotam execução sumária com prisioneiro

Aproveitando a liberdade de ação no território que conquistaram no norte do país, os rebeldes começaram a fazer justiça com as próprias mãos. Há três prisões rebeldes na região, onde estão confinados dezenas de membros das forças oficiais capturados nos combates.

Em alguns casos, os prisioneiros ficam pouco tempo nas prisões improvisadas em prédios públicos ocupados.

Um membro do ELS (Exército Livre da Síria), maior milícia rebelde, contou que há dois meses um policial de Aleppo foi executado sumariamente, acusado de ter estuprado sete mulheres.

Uma corte de xeques foi estabelecida em Marea, e o policial, condenado à morte. A execução foi feita em seguida, com um tiro na cabeça.

"Estamos colocando a sharia em prática", disse o rebelde, em referência à lei islâmica. A Folha pediu para visitar os prisioneiros na cidade de Marea, mas não obteve permissão dos insurgentes.

A autorização foi dada em Al Bab, a cerca de 40 km, onde 15 membros das forças de segurança estão presos em uma escola pública. Vestidos com roupas novas fornecidas pelos opositores, eles dizem estar sendo bem tratados.

O destino deles, dizem os rebeldes, será "um julgamento justo". Só não decidiram ainda se a corte será baseada na sharia. (MARCELO NINIO)