Produção industrial despenca na zona do euro

Em novo sinal de alerta para a crise europeia, a produção industrial da zona do euro experimentou a maior contração dos últimos três anos no mês de julho e acumula queda nos últimos 12 meses.

De acordo com resultados do PMI (Índice Gerente de Compras), taxa em que valores abaixo de 50 mostram contração, o resultado do mês passado na região foi de 44 -em junho, era 45,1.

Praticamente todos os 17 países que integram a zona do euro apresentaram resultados que indicam contração da atividade econômica.

A exceção foi a Irlanda, que apresentou taxa de expansão de 53,9. O país foi um dos que recorreram à ajuda financeira das autoridades europeias.

No Reino Unido, que sofreu queda de 0,7% do PIB no segundo trimestre do ano, o PMI registrou redução de três pontos: de 48,4 em junho, foi a 45,4 em julho.

A economia da zona do euro registrou estagnação econômica no primeiro trimestre deste ano, mas analistas avaliam que não conseguirá escapar de uma contração no segundo trimestre.

Os resultados do PMI põem em risco a possibilidade de recuperação no terceiro trimestre do ano e evidenciam que a fraca demanda fez com que as empresas cortassem empregos e estoques.

CHINA

Apesar de estímulos recentes na economia, como a redução na taxa de juros, a atividade industrial chinesa registrou pequena queda, revelam dados divulgados ontem.

O Índice Oficial de Gestores de Compras indica que o crescimento industrial ficou em 50,1 pontos no mês passado, contra 50,2 pontos em junho.

O desempenho ficou acima de levantamento semelhante feito pelo banco HSBC, 49,3. É o maior resultado desde fevereiro, mas continuou registrando contração pelo nono mês consecutivo.