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Sob pressão, Espanha sobe seguro-desemprego

Tesouro espanhol conseguiu vender títulos com a menor taxa de juros desde maio

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O governo da Espanha anunciou ontem que elevará de € 399 a € 450 (R$ 1.119) o seguro para os desempregados considerados de longa duração com ao menos dois dependentes, além da mulher ou marido.

O aumento só valerá para os novos beneficiários. A medida visa "reforçar a proteção daquelas pessoas que mais precisam", diz o governo conservador de Mariano Rajoy às voltas com uma das taxas de desemprego mais altas da zona do euro (24,6%) e implementando um duro plano para cortar gastos.

No mercado, o dia foi de calmaria para a Espanha, que saiu momentaneamente do centro da tormenta financeira mundial.

O país conseguiu vender títulos públicos pagando a menor taxa de juros desde maio, 6,2%. Quanto maiores os juros, maior a desconfiança que o mercado tem em relação a esses títulos.

Em 24 de julho, a Espanha chegou a pagar 7,62% para papéis de dez anos, a taxa mais alta desde a criação do euro, em 1999. Antes, eram negociados por cerca de 4%.

A taxa de risco do país, calculada com base na diferença entre os papéis espanhóis e os seguros títulos da Alemanha, baixou ontem a 465 pontos, contra 477 pontos alcançados anteontem, impulsionado por renovada especulação de que o BCE (Banco Central Europeu) agiria contra a crise da dívida soberana da zona do euro. Foi o menor valor obtido desde 22 de maio.

O Tesouro espanhol conseguiu captar € 4,5 bilhões em papéis a 12 meses e 18 meses a menor custo.

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