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África do Sul acusa 270 mineiros por 34 mortes em manifestação

Para autoridades, polícia atirou em autodefesa há 15 dias

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Autoridades sul-africanas divulgaram ontem que irão acusar 270 mineiros pelo homicídio de 34 colegas. Os mineiros foram mortos em 16 de agosto durante confronto com a polícia da África do Sul.

O político Julius Malema, que tem se manifestado a respeito da situação dos mineiros, reagiu afirmando que essas acusações são "loucura".

"Todo mundo viu os policiais matarem aquelas pessoas", disse, referindo-se aos vídeos divulgados na internet, retratando a ação policial.

Frank Lesenyego, porta-voz da Promotoria, afirmou às agências de notícias que "foram os policiais que atiraram -mas eles estavam sob o ataque dos manifestantes, que estavam armados".

Mineiros estão em greve na África do Sul desde 10 de agosto, pedindo aumento do salário mínimo da categoria.

Em 16 de agosto, a polícia declarou que os esforços em convencer os mineiros a se desarmar haviam falhado. Na mesma tarde, manifestantes atacaram a polícia -policiais revidaram, matando 34 e ferindo ao menos 78.

Testemunhas dizem que diversas das vítimas estavam fugindo dos canhões de água utilizados pela polícia.

A acusação contra os mineiros se baseia em lei utilizada antes da Constituição pós-apartheid, de 1994. Segundo a Promotoria, há jurisprudência para a aplicação.

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