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Análise

Resultado mostra que eleição será dolorosamente apertada até o fim

ED PILKINGTON
DO “GUARDIAN”, EM CHARLOTTE

Oito horas depois de o presidente Barack Obama apresentar seus argumentos para ser reeleito, as cifras mais recentes sobre o emprego chegaram, com um baque.

Menos de 100 mil empregos foram criados em agosto, sendo que eram necessárias duas vezes mais; o índice de desemprego caiu para 8,1%, mas principalmente porque muitos americanos já desistiram de procurar trabalho.

Se Obama não tinha tido acesso antecipado a esses números, ele deve ter baseado seu discurso na probabilidade de serem ruins.

Na linguagem e no gestual empregado, o discurso visou ser o antídoto do elogio à esperança e às mudanças que Obama fez quatro anos atrás.

Desta vez não houve palavra de ordem da "urgência acirrada do agora" e, embora Obama tenha falado em esperança, ele o fez em tom de desculpas, lamentando que ela tenha sido posta à prova "por uma das piores crises econômicas da história".

Ele chegou a reconhecer suas próprias falhas -admissão espantosa, vinda de um homem conhecido por ter certeza de suas habilidades.

Mas se candidatar à Presidência não é uma questão apenas de saber atuar num palco. Longe da agitação de faixas, há milhões de pessoas sem trabalho e outras milhões com medo de perder o emprego.

E é por isso que, apesar de todo o fuzuê na arena, a eleição será uma disputa dolorosamente apertada até o final.

Os delegados dos Estados indecisos têm plena consciência de que o brilho das convenções não guarda relação alguma com as lutas que travam na vida real.

Tradução de CLARA ALLAIN

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