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Eleições EUA

Obama diz que EUA "estão mais fortes" após ataque de 11/9

Em discurso a vítimas em Washington, presidente cita morte de Bin Laden, maior feito em segurança nacional

Romney lembra vítimas em nota; não houve atos de campanha; guerra no Afeganistão é evitada na corrida presidencial

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O presidente americano, Barack Obama, afirmou ontem em um ato em memória do 11º aniversário dos atentados de 11/9 que a liderança da rede terrorista Al Qaeda "está devastada" e não voltará a ameaçar os americanos.

"Quando se escreverem os livros de história, o que ficará do 11 de Setembro não será nem o ódio nem as divisões, mas um mundo mais seguro, um país mais forte, com gente mais unida que antes", disse ao reunir-se com familiares das vítimas do Pentágono, em Washington, onde explodiu um dos aviões sequestrados pela Al Qaeda.

A retórica de união contrasta com a polarizada campanha eleitoral no país.

Mais de 3.000 pessoas morreram nos ataques em Washington, às Torres Gêmeas, em Nova York, e na Pensilvânia, onde também caiu um dos aviões sequestrados.

"Osama Bin Laden não nos ameaçará nunca mais", seguiu Obama, que deu a ordem para que militares americanos matassem o fundador da Al Qaeda em 2011, seu maior feito em segurança nacional e um trunfo explorado a campanha de reeleição.

Em declaração escrita, o candidato republicano à Presidência, Mitt Romney, disse: "Os EUA jamais esquecerão de quem morreu, jamais deixarão de cuidar de quem ficou para trás, e vão estar sempre vigiando quem quiser nos atacar", acrescentou.

Obama e o adversário cancelaram compromissos de campanha ontem em sinal de respeito as vítimas.

LUTO E AFEGANISTÃO

Antes da cerimônia no Pentágono, Obama e a primeira-dama Michelle guardaram um minuto de silêncio nos jardins da Casa Branca às 8h46 (9h46 de Brasília), instante em que um avião controlado por terroristas se chocou contra as torres do World Trade Center, em Nova York.

No mesmo momento, familiares das vítimas se reuniram diante do Memorial do 11 de Setembro, no local onde ficavam as torres.

Os atentados de 2001 fizeram os EUA invadirem o Afeganistão, onde Al Qaeda mantinha base de operações.

Obama marcou para 2014 a saída das forças americanas do país, o mesmo ano de retirada da Otan.

Em artigo no "New York Times", o especialista afegão Javid Ahmad criticou a ausência de debate sobre o Afeganistão, uma guerra impopular, na campanha eleitoral: "A contínua reticência sobre o Afeganistão não fará a guerra ou a instabilidade desapareceram".

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