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Diretor diz que queria só fazer provocação

DE SÃO PAULO

O filme "Innocence of Muslims" [Inocência dos Muçulmanos] é uma produção claramente amadora, com atores de barbas postiças, túnicas que parecem lençóis e um cenário "fake" como deserto.

Nele, Maomé escapa de chineladas das duas mulheres ao ser pego dormindo com uma terceira. Depois, aparece banhado em sangue com uma espada conclamando guerra aos infiéis. E promete a soldados pedófilos que poderão abusar de crianças.

O autor do filme, Sam Bacile, 56, disse à Associated Press que queria criar uma provocação política. "O islã é um câncer, ponto", afirmou.

Dizendo-se judeu israelense e morador da Califórnia, ele foi entrevistado a partir de um local não identificado.

Virtualmente desconhecido até ontem, Bacile pode nem mesmo existir -seria alguém usando pseudônimo.

A produção do filme de duas horas, teria contado com patrocínio de cem judeus e a participação de cristãos coptas do Egito. O custo teria sido de US$ 5 milhões. A produção foi exibida uma única vez em um cinema em Hollywood, no início de 2012.

Nos EUA, o filme também recebeu apoio do pastor Terry Jones, famoso por tentar queimar o Alcorão a cada aniversário do 11 de Setembro.

Ontem, Jones disse que o filme não pretendia insultar a comunidade muçulmana. "Queremos revelar verdades sobre Maomé que não são amplamente conhecidas."

Também ontem, o YouTube anunciou que não retiraria do ar o clipe contendo cenas do filme, mas bloqueou o acesso a ele na Líbia e no Egito, onde houve ataques.

Veja o trailer do filme
www.youtube.com/watch?v=qmodVun16Q4

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