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Embaixador era estrela ascendente entre diplomatas

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

O embaixador Christopher Stevens, 52, morto no ataque de islamitas ao Consulado dos EUA em Benghazi na terça à noite, era descrito como uma estrela em ascensão na diplomacia americana para o Oriente Médio e como uma figura-chave na transição da Líbia para a democracia.

Nascido no norte da Califórnia em 1960, numa família de médicos e advogados, Stevens mostrou interesse por política externa desde cedo. Após se formar em história em Berkeley, trabalhou voluntariamente dois anos como professor de inglês numa remota aldeia de Marrocos.

De volta aos EUA, formou-se também em direito e trabalhou como advogado em Washington, mas desistiu da carreira e entrou para o corpo diplomático em 1991, servindo em países como Arábia Saudita, Síria, Israel e Egito.

"Ele não era daqueles diplomatas que ficam só no escritório. Ao mesmo tempo, era muito tranquilo -quando conversávamos, não dava para imaginar que ele estava no meio do caos", afirmou seu irmão Thomas, 46, funcionário do Departamento de Justiça de San Francisco.

Em abril de 2011, em plena guerra civil na Líbia, Stevens foi despachado para Benghazi -centro das forças rebeldes- a bordo de um navio cargueiro de bandeira grega.

Sua missão era coordenar estratégia militar, ajuda financeira e contatos políticos dos EUA com a oposição ao ditador Muammar Gaddafi, morto em outubro. "Todos o adoravam", diz Ahmed al Ahbar, um dos líderes rebeldes.

Elevado ao cargo de embaixador por Barack Obama neste ano, Stevens demonstrava entusiasmo com a tarefa.

Em um jantar com jornalistas semanas antes de sua morte, o diplomata disse que a Líbia vivia "tempos emocionantes" e que os EUA não podiam relegar a segundo plano a difícil transição no país.

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