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Na ONU, Franco diz que Guerra do Paraguai foi um "holocausto"

Presidente acusou Mercosul de ingerência e questionou Brasil

DE SÃO PAULO

O presidente do Paraguai, Federico Franco, utilizou ontem a tribuna da ONU para acusar o Mercosul, que suspendeu o país do bloco, de "ingerência" e evocar o "holocausto" vivido por seu país por causa da Guerra do Paraguai (1864-1870).

"Da memória do meu povo não se apagou ainda o holocausto da Tríplice Aliança, que destruiu meu país", disse, em referência à união de Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai no conflito, um dos mais sangrentos da história do continente.

Franco usou seus 18 minutos de discurso para "ilustrar a comunidade internacional" a respeito do processo-relâmpago de impeachment do então presidente Fernando Lugo, no mês de junho.

O Mercosul e também a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) consideraram a destituição ilegal e suspenderam o Paraguai. Assunção diz que o julgamento político seguiu a Constituição.

Franco disse que o Paraguai não teve direito de defesa no Mercosul, cujos países atuaram como "tutores da democracia" como em outros períodos da história do país. Prometeu eleições presidenciais "exemplares" em 2013.

Sem citar o país, o presidente paraguaio questionou as pretensões de liderança global do governo brasileiro.

"Os que hoje querem ser atores principais da sociedade internacional terão de reconhecer que é impossível lográ-lo sem encontrar a unidade na reunião. As lideranças são construídas com o respeito ao direito internacional."

"Só assim teremos uma posição comum para a reforma do Conselho de Segurança", seguiu. O Brasil pleiteia uma vaga no conselho.

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