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Forças sírias matam pelo menos 20 em reação a protestos

Agência humanitária pede que Liga Árabe suspenda o país como membro; grupo está dividido quanto a ação

Enquanto Arábia Saudita e Qatar apoiam aumentar a pressão, Líbano, Iêmen e Argélia são contrários a ações

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

As forças de segurança sírias deram continuidade, ontem, à repressão aos protestos no país. Ativistas afirmam que ao menos 20 morreram.
Segundo estimativas, foram 250 mortos nas duas últimas semanas, fazendo de novembro um dos meses mais violentos desde o início da insurgência contrária ao regime, há oito meses.
A organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch acusa o governo sírio de possíveis crimes contra a humanidade. As Nações Unidas estimam que a repressão fez 3.500 mortos no país, entre civis e militares.
Como a Síria restringe a entrada de jornalistas, não é possível averiguar as informações. Ativistas e vídeos publicados na internet servem de testemunhas da repressão.
A Liga Árabe, que agrega países da região, deve reunir-se hoje no Cairo para discutir os fracassos do ditador Bashar Assad em interromper a violência no país.
Damasco havia concordado em interromper a escalada da violência, em acordo mediado pela Liga Árabe na semana passada. A repressão, porém, não cessou.
A Human Rights Watch pede que a Liga Árabe suspenda a Síria como membro. O órgão sugere, também, que a ONU imponha sanções aos responsáveis pela violência e que o caso seja levado ao Tribunal Penal Internacional.

DESACORDOS
A Liga Árabe está dividida quanto à questão da Síria.
Arábia Saudita, Qatar, Omã e Bahrein são exemplos de países dispostos a aumentar a pressão. Mas outros, como Líbano, Iêmen e Argélia, temem o resultado de levantes populares subsequentes em suas próprias nações.
O isolamento da Síria entre os países árabes pode ajudar o Ocidente a garantir sanções mais efetivas e talvez algum tipo de intervenção.
Ontem, fontes industriais no país afirmaram que as empresas Royal Dutch Shell e Total cortaram a produção de petróleo no país. O produto corresponde a uma importante parcela dos ganhos do governo sírio, já prejudicado pelo colapso do turismo.

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