São Paulo, segunda-feira, 01 de março de 2010

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Otan terá mais de 2.000 homens em ex-reduto insurgente afegão

Estratégia pretende evitar volta do Taleban a Marjah, alvo de megaofensiva

DA REDAÇÃO

Forças da Otan e afegãs que promovem desde o dia 13 uma megaofensiva a Marjah deverão estacionar 3.000 homens -2.000 da aliança militar ocidental- no ex-reduto do Taleban por vários meses a fim de evitar a volta de insurgentes, disseram fontes da missão.
"Teremos uma presença em Marjah por algum tempo ainda", disse o porta-voz das tropas da Otan, Abe Sipe. "A intenção é que os afegãos se sintam mais seguros e conviver [com eles], porque achamos que é a melhor maneira de dividir responsabilidade pela segurança."
O governador da Província de Helmand (onde está Marjah), Gulab Mangal, prometeu restaurar a segurança na cidade e torná-la "símbolo da paz".
Embora ainda enfrentem focos de resistência em setores isolados da cidade de 80 mil habitantes, as forças da Otan e afegãs -que pela primeira vez participam de ações do tipo- virtualmente já a controlam.
Integrada por 7.500 soldados -além de outros 7.500 envolvidos em operações na região-, a ofensiva é a maior já realizada pela Otan desde a invasão do Afeganistão, em 2001, e o primeiro grande teste da nova estratégia delineada em dezembro pelo governo americano.
O plano prevê o envio de mais 30 mil soldados ao país durante este ano e a retomada das principais aglomerações urbanas sob controle do Taleban. A ideia é garantir a segurança da população civil e conquistar apoio aos esforços de estabilização do Afeganistão.
Mas uma evidência de que o Taleban ainda está longe de ser derrotado foi o atentado que ocorreu na sexta em hotéis de Cabul, matando 16 pessoas.
Ontem, ao menos 11 membros de uma família, entre eles duas mulheres e duas crianças, morreram, quando o veículo em que estavam passou sobre uma mina. O governo responsabilizou o Taleban pela ação.

Com agências internacionais



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