DA REUTERS

Líderes da comunidade islâmica no Reino Unido lançaram um apelo para que os imãs de cerca de mil mesquitas britânicas ajudem no combate ao terrorismo.
A iniciativa tem por objetivo dissociar os muçulmanos da localização de explosivos e da prisão dos oito supostos terroristas de origem paquistanesa, em operação desencadeada anteontem, que envolveu 700 policiais e buscas em 24 locais.
"Não toleraremos o terrorismo", disse ontem Ikbal Sacranie, em texto enviado a todos os imãs. Ele é o secretário-geral do Conselho Muçulmano Britânico.
"É importante que sejamos excepcionalmente vigilantes no cumprimento de nossas obrigações. Caso sejamos informados de algo, é nosso dever transmitir de imediato as informações à polícia", afirma ainda a mensagem.
O primeiro-ministro Tony Blair demonstrou satisfação com a iniciativa: "A ameaça do terrorismo afeta todas as famílias deste país, sejam elas ou não islâmicas, e iremos certamente trabalhar juntos para derrotar essa ameaça e impedir que os extremistas nos dividam".
Responsáveis pelas investigações que levaram à prisão dos oito radicais islâmicos disseram ser forte a possibilidade de o grupo não ter vínculos com a Al Qaeda.
"Sempre acreditamos em grupos terroristas sem vínculos externos", disse Magnus Rantorp, especialista em terrorismo na Universidade de Saint Andrew.
A polícia crê que se preparava um ataque com carro-bomba.


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