São Paulo, segunda-feira, 01 de junho de 2009

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Paquistão prevê derrota do Taleban no Swat em 3 dias

Exército admite fuga de insurgentes e expande operações no cinturão tribal

Prêmio oferecido pela morte ou delação do líder regional do Taleban chega a US$ 600 mil; nenhum dirigente foi capturado até o momento

DA REDAÇÃO

A derrota do Taleban na região do Swat é iminente, afirmou o secretário da Defesa do Paquistão, Syed Athar Ali. A ofensiva, lançada no início de maio em reação ao avanço do grupo em direção à capital, Islamabad, forçou 2,4 milhões a deixarem suas casas e acirrou alertas de terrorismo no país.
"As operações no Swat e nas áreas vizinhas foram praticamente concluídas. Só resta 5% a 10% do trabalho, e esperamos que em dois ou três dias esses focos de resistência sejam derrotados", disse Ali. O Exército enfrentou ontem combatentes do Taleban em outra frente, no Waziristão, e tem planos de expandir operações no cinturão tribal, bastião da insurgência.
A distribuição de ajuda humanitária foi retomada ontem em Mingora, principal cidade do vale do Swat. Após dez dias de cerco e combates, os militares consolidaram a tomada da cidade, esvaziada pela fuga de civis. O Exército estima que até 40 mil dos seus habituais 300 mil moradores tenham permanecido sob o fogo-cruzado.
Mais de 1.200 insurgentes já foram mortos na ofensiva, segundo os militares. Não há dados sobre vítimas civis.
Acossados no Swat, dirigentes regionais do Taleban prometeram retaliar com atentados a grandes cidades paquistanesas. Quatro ataques mataram 39 na última semana. O mais letal atingiu o complexo de segurança de Lahore, segunda maior cidade do país.
O Exército paquistanês oferece recompensa de US$ 600 mil pela morte do líder do Taleban no Swat, o clérigo Fazullah, ou por informações que levem à sua captura. Nenhum dirigente foi capturado, e militares estimam que "um número incalculável" de insurgentes tenham fugido disfarçados de civis.
Sob o comando de Fazullah, o TSNM, grupo local pró-sharia (lei islâmica), alinhou-se ao Taleban -rede de milícias ligadas ao mulá Omar, recluso desde a invasão americana, que derrubou em 2001 o regime do Taleban no Afeganistão.
Com agências internacionais



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