São Paulo, sábado, 01 de julho de 2006

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Rússia oferece US$ 10 milhões por pista de grupo terrorista iraquiano

Parlamento russo responsabiliza "potências ocupantes" por morte de diplomatas

DA REDAÇÃO

A Rússia anunciou ontem a recompensa de US$ 10 milhões por informações que levem aos terroristas que mataram cinco funcionários e diplomatas de sua embaixada em Bagdá.
O anúncio foi feito por Nikolai Patrushev, chefe do Serviço Federal de Segurança (ex-KGB), em curto pronunciamento pela televisão.
Na última quarta-feira o presidente russo, Vladimir Putin, determinou que os serviços de segurança caçassem e "aniquilassem" os culpados.
Patrushev integra um grupo intergovernamental chamado Comissão Nacional Antiterrorismo, que agirá no Iraque, sem que o Kremlin tenha informado se pediu autorização ao governo iraquiano ou ao comando militar dos Estados Unidos.
O Parlamento russo aprovou declaração que responsabiliza "as potências ocupantes" do Iraque pela morte dos cinco funcionários e diplomatas.
Um grupo ligado à Al Qaeda divulgou domingo um vídeo com o suposto assassinato de três dos reféns russos. A morte de um quarto funcionário também foi anunciada. Um quinto russo morreu no momento do seqüestro, em 3 de junho, quando o carro ocupado pelo grupo foi abordado por desconhecidos num bairro de Bagdá.
No ano passado, a Rússia pagou US$ 10 milhões pelos informantes que levaram a ex-KGB ao esconderijo de Aslan Maskhadov, líder rebelde da Tchetchênia.
Em Washington, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice, aprovou a oferta de uma recompensa de até US$ 5 milhões por informações sobre o egípcio Abu al Masri, apontado como sucessor do terrorista jordaniano Abu Musab al Zarqawi na liderança da Al Qaeda no Iraque.

Morte e estupro
Inquérito militar dos EUA indica que dois soldados americanos podem ter estuprado e em seguida assassinado uma iraquiana em Mahmudiya, em março. Três membros da família dela também foram mortos.
A agência Reuters diz que, de início, o crime foi atribuído à insurgência e que identificar e punir militares faltosos faz parte da política do comando americano para reconquistar a confiança dos civis iraquianos.
A política foi acelerada com o inquérito sobre a morte de 24 pessoas em Haditha, em novembro. "Não deixaremos de investigar nenhum indício", disse o major Todd Bresseale.


Com agências internacionais


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