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DIPLOMACIA
Burró disse não se arrepender de declaração
Ministro paraguaio é demitido após chamar brasileiros de sem-vergonha
DA REDAÇÃO
O presidente paraguaio, Luis
González Macchi, demitiu ontem
o ministro da Justiça e do Trabalho, José Burró, por suas declarações, feitas anteontem, quando
chamou autoridades brasileiras e
argentinas de "sem-vergonha".
"Com essa medida, creio que
vamos solucionar essa confusão",
disse González Macchi, em uma
breve entrevista coletiva. No próximo dia 15 de agosto, ele deverá
passar o poder ao presidente eleito, Nicanor Duarte Frutos.
As declarações agressivas provocaram a retirada do embaixador argentino em Assunção, Félix
Alberto Córdova Moyano, que foi
chamado para consulta pelo presidente Néstor Kirchner.
O Itamaraty, que não se manifestou sobre as declarações, afirmou ontem por sua assessoria de
comunicação que considera o assunto encerrado.
Sem-vergonha
Anteontem, ao comentar declarações do embaixador brasileiro
no Paraguai, Luiz de Castro Neves, o ministro Burró disse: "Não
permitirei que nenhum curepí
(referência pejorativa a argentinos) ou bandeirante (brasileiro)
me venha ensinar moral, bando
de sem-vergonha".
Sobre a sua demissão, o ex-ministro disse ontem, em entrevista
a uma rádio paraguaia: "O que está feito não tem volta, mestre, meti o pé, a minha renúncia está aí e
eu já assinei". Ele disse de que não
se arrependeu do que disse, mas
de como disse.
Com agências internacionais
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