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São Paulo, sexta-feira, 01 de agosto de 2003

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DIPLOMACIA

Burró disse não se arrepender de declaração

Ministro paraguaio é demitido após chamar brasileiros de sem-vergonha

DA REDAÇÃO

O presidente paraguaio, Luis González Macchi, demitiu ontem o ministro da Justiça e do Trabalho, José Burró, por suas declarações, feitas anteontem, quando chamou autoridades brasileiras e argentinas de "sem-vergonha".
"Com essa medida, creio que vamos solucionar essa confusão", disse González Macchi, em uma breve entrevista coletiva. No próximo dia 15 de agosto, ele deverá passar o poder ao presidente eleito, Nicanor Duarte Frutos.
As declarações agressivas provocaram a retirada do embaixador argentino em Assunção, Félix Alberto Córdova Moyano, que foi chamado para consulta pelo presidente Néstor Kirchner.
O Itamaraty, que não se manifestou sobre as declarações, afirmou ontem por sua assessoria de comunicação que considera o assunto encerrado.

Sem-vergonha
Anteontem, ao comentar declarações do embaixador brasileiro no Paraguai, Luiz de Castro Neves, o ministro Burró disse: "Não permitirei que nenhum curepí (referência pejorativa a argentinos) ou bandeirante (brasileiro) me venha ensinar moral, bando de sem-vergonha".
Sobre a sua demissão, o ex-ministro disse ontem, em entrevista a uma rádio paraguaia: "O que está feito não tem volta, mestre, meti o pé, a minha renúncia está aí e eu já assinei". Ele disse de que não se arrependeu do que disse, mas de como disse.


Com agências internacionais


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