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SEGURANÇA
Projeto foi considerado "bizarro" pelo Congresso
Autor de bolsa de apostas sobre terrorismo deverá deixar o cargo
DA REDAÇÃO
John Poindexter, responsável
pelo projeto do Pentágono que
previa a implementação de uma
bolsa de apostas sobre os possíveis alvos de terroristas no futuro,
vai deixar o seu cargo nas próximas semanas, segundo autoridades americanas que preferiram
não se identificar. O pedido formal ainda não teria sido feito.
A provável demissão de Poindexter foi anunciada apenas dois
dias após o secretário da Defesa
dos EUA, Donald Rumsfeld, ter
decidido cancelar o programa da
bolsa de apostas sobre atentados
terroristas. O objetivo do projeto
era coletar informações sobre
possíveis ataques por meio da
tendência geral das apostas.
O projeto era da Darpa (sigla em
inglês para Agência de Projetos
Avançados da Defesa), do Pentágono, e supervisionado por Poindexter, assessor para Segurança
Nacional do ex-presidente Ronald Reagan (1981-1989).
Na década de 80, ele foi um dos
protagonistas de um escândalo
conhecido como Irã-Contras. Foi
julgado e considerado culpado de
enganar o Congresso. Mas sua
condenação foi revogada.
Tanto republicanos quanto democratas no Congresso dos EUA
haviam classificado o projeto de
"bizarro", "inacreditavelmente
estúpido" e "ofensivo". O próprio
Rumsfeld fez críticas, afirmando
que cancelou o projeto uma hora
após tomar conhecimento de seu
teor.
Além da reprovação do conceito geral da bolsa, seus críticos afirmaram ainda que o fato de o novo
mercado poder ser operado via
internet abriria a possibilidade de
os próprios terroristas apostarem
em datas e locais para atentados e,
depois, cometerem as ações.
Outro projeto
Poindexter, almirante da reserva, também tenta, desde o ano
passado, criar uma base de dados
nos EUA com registros eletrônicos de milhões de pessoas em todo o mundo a partir de informações de agências de viagens, bancos e hospitais.
O projeto, conhecido como TIA
(Conhecimento de Informação
sobre Terrorismo, na sigla em inglês), tramita no Congresso, mas
tem sofrido oposição até entre os
governistas preocupados com a
potencial ameaça à privacidade
de cidadãos americanos.
Com agências internacionais
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