|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
foco
Bicicleta municipal para trajeto urbano vira uma coqueluche dos franceses
DA REDAÇÃO
Lançado no último dia 15,
um serviço municipal de bicicletas alugadas a baixíssimo preço virou a coqueluche
do verão de Paris. Elas já são
10 mil. O número dobrará
até o final do ano, e os pontos
de entrega e retirada, hoje
em 750, chegarão a 1.451
-praticamente um ponto a
cada 300 metros na cidade.
O serviço foi instituído pelo prefeito socialista Bertrand Delanoë. Ele contratou uma empresa que forneceu as bicicletas e cuida da
manutenção e distribuição.
Os assinantes do "velib"
(abreviatura em francês para
bicicleta gratuita) pagam em
torno de 1,00 por dia (R$
2,47). Apanham a bicicleta
perto de casa e a deixam perto do trabalho ou do cinema.
Para voltar, pegam outra bicicleta do ponto mais próximo de distribuição.
O "Le Monde" diz que os
problemas iniciais já haviam
sido constatados dois anos
atrás, quando o mesmo sistema passou a funcionar na
cidade francesa de Lyon. Nenhuma pesquisa indica antecipadamente onde sobrarão
e onde faltarão bicicletas. É
por isso que, de madrugada,
caminhões abastecem os
pontos em falta.
Há o caso curioso do bairro de Montmartre, localizado numa colina. Para ir ao
trabalho, moradores escolhem a bicicleta. Mas ao voltar, e para evitar rampas íngremes, optam pelo conforto
do metrô -há na rede regular 14 linhas com quase 400
estações, numa cidade de 2,5
milhões de pessoas.
O monitoramento do serviço demonstrou que o trajeto médio de um assinante
diário é de 25 minutos.
Quem fez uma assinatura
anual roda 14 minutos. Nessas duas semanas, foram 45
mil viagens diárias, e 62 mil
num domingo de sol.
As bicicletas são de um
modelo padronizado, cinza,
e que apenas circulam com o
farol aceso. Quem pega uma
bicicleta a devolve. Só 20 foram furtadas desde a implantação do "velib".
Com agências internacionais
Texto Anterior: Só 2.000 vão em Paris a ato contra limitação de greves Próximo Texto: Brown lança aliança moral contra pobreza Índice
|