DA REDAÇÃO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a cúpula da Unasul (União de Nações Sul-Americanas) da última sexta, na Argentina, foi "um passo a mais" na superação da polêmica sobre o acordo militar EUA-Colômbia, mas que "o debate ainda vai continuar".
"O importante é que conseguimos assinar um documento unitário, todo mundo concordando que é preciso conversar mais", disse Lula no programa de rádio "Café com o Presidente".
O encontro, que reuniu os chefes de Estado do bloco regional em Bariloche, foi convocado para discutir o pacto que permitirá o uso de até sete bases militares colombianas pelos EUA, mas não conseguiu superar as divergências sobre o tema -sobretudo as que opõem a Colômbia à Venezuela e ao Equador.
O texto final da cúpula apenas condena ameaças à soberania de países da região por forças estrangeiras, mas posterga para reuniões posteriores medidas práticas.
Lula, que já manifestou reservas quanto ao acordo, voltou ontem a defender que haja "garantia jurídica que permita a qualquer país que se sinta ameaçado recorrer a fóruns internacionais".

Equador e Colômbia
Também ontem, o chanceler equatoriano, Fander Falconí, anunciou que terá encontro, em setembro, com o seu homólogo colombiano, Jaime Bermúdez, para discutir o reatamento bilateral.
A reunião será a primeira entre ambos desde o rompimento das relações, em março do ano passado, após ataque colombiano a uma base das Farc (Forças Armadas Revolucionárias Colombianas) em solo equatoriano.

Com agências internacionais

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