São Paulo, segunda-feira, 01 de novembro de 2010

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Explosivo destinado aos EUA viajou em voos de passageiros

Um dos pacotes-bomba que ia a Chicago foi detectado em dois aviões da Qatar Airways

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Um porta-voz da Qatar Airways informou à rede de TV CNN que um dos dois pacotes-bomba com destino aos EUA, interceptados na última sexta-feira, viajou em dois aviões de passageiros da companhia aérea.
O pacote foi encontrado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, quando era transportado para um avião da FedEx. Diariamente, voos de passageiros da Qatar Airways partem do Iêmen.
O outro pacote-bomba foi encontrado em um avião de carga da empresa United Parcel Service (UPS) no Reino Unido, no aeroporto de East Midlands, cerca de 260 km ao norte de Londres.
Segundo a CNN, o pacote continha um cartucho de tinta para impressora modificado e foi enviado de Sanaa, capital do Iêmen, em voo com escala no Reino Unido.
Os dois pacotes continham explosivos capazes de destruir um avião. Ambos foram expedidos na capital iemenita para sinagogas na região de Chicago, nos EUA.
De acordo com a agência France Presse, o saudita Ibrahim Hassan Al-Asiri é o principal suspeito de enviar os pacotes-bomba. Al-Asiri é acusado de fabricar artefatos explosivos para a rede terrorista Al Qaeda.
Antes, porém, as forças de segurança iemenitas prenderam a estudante Hanan Mohamed al Samawi, 22, e sua mãe, suspeitas de terem enviado os pacotes-bomba.
O número do celular de Hanan foi identificado como o contato deixado durante a expedição dos pacotes.
A prisão da estudante de engenharia foi alvo de protestos em Sanaa. Ela já foi liberada pelas autoridades do Iêmen.
O assessor antiterrorismo da Casa Branca, John Brennan, alertou ontem que pode haver mais pacotes-bomba como os interceptados, com destino aos EUA.
"Seria muito imprudente da minha parte e da de outros na comunidade antiterrorista aqui [nos EUA] e no exterior dizer que não há outros [pacotes com explosivos]", declarou Brennan à CNN.
Ele repetiu informação dada anteontem pelo premiê britânico, David Cameron, de que as bombas detonariam em pleno voo.
Por motivos de segurança, as companhias globais de transporte e logística FedEx e UPS suspenderam suas operações vindas do Iêmen.
A Alemanha também decidiu cancelar os voos de cargas provenientes do país da península Arábica.


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