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Desemprego deve ir a 15%
de Buenos Aires
A marcha de desempregados
e aposentados marcada para
hoje tem como pano de fundo a
crescente tensão social experimentada na Argentina, que deve se acentuar com os efeitos da
crise brasileira.
O Brasil até hoje comprava
quase um terço do que era produzido no país vizinho, sendo
assim responsável pelo crescimento econômico e pela geração de emprego na Argentina.
Com a recessão às portas, não
só o Brasil deverá reduzir drasticamente suas importações,
mas também os produtos brasileiros -agora mais baratos
por causa da desvalorização do
real- ameaçam invadir o território argentino.
Em consequência disso, o
país deverá enfrentar nos próximos meses uma forte redução da atividade industrial e
agrícola, o que significa mais
gente desempregada e faminta.
A já elevada taxa de desemprego, que hoje ronda os 13%
da população economicamente
ativa, deverá subir para mais de
15% no segundo trimestre deste ano, segundo o "Clarín".
A Câmara de Exportadores
da República Argentina adverte que, com a crise brasileira, o
país poderá perder, no mínimo, 220 mil postos de trabalho.
Além do desemprego, haverá
um maior número de contratos
de trabalho temporários -estimulados pelo próprio governo, a título de gerar mais empregos. Ou seja, haverá maior
insegurança, menores salários
e mais insatisfação.
No dia 8 o presidente argentino, Carlos Menem, vai se reunir com o presidente Fernando
Henrique em Foz do Iguaçu,
para juntos debaterem uma
saída para o Mercosul.
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