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Gates descarta ataque de Israel ao Irã neste ano e defende negociar
DEMETRI SEVASTOPULO
DO "FINANCIAL TIMES"
Washington e Israel têm
tempo suficiente para convencer Teerã a desistir de um suposto programa de armas nucleares, afirmou o secretário da
Defesa dos EUA, Robert Gates,
ao "Financial Times".
Indagado se o Irã cruzará a linha vermelha nuclear neste
ano, ele respondeu: "Não sei,
provavelmente não. Acho que
temos mais tempo que isso.
Quanto, eu não sei. Um ano,
dois, três. Algo dentro disso."
Gates tampouco prevê que
Israel adote uma ação militar
neste ano: "Eu ficarei surpreso
... se Israel agir neste ano".
Israel levantou o espectro da
guerra em 2008, ao conduzir
um exercício militar que alguns
especialistas viram como treinamento para um ataque ao Irã
e que levou o almirante Mike
Mullen, chefe do Estado-Maior
Conjunto dos EUA, a alertar:
"Essa é uma parte do mundo
muito instável, não preciso que
fique ainda mais instável".
Dias antes do encontro entre
o presidente Barack Obama
com líderes da Otan, Gates
exortou a Europa a ajudar a financiar a expansão do Exército
afegão. Os EUA preveem que a
manutenção dessas forças ampliadas custem cerca de US$ 2
bilhões a US$ 3 bilhões por ano.
Algumas autoridades americanas defendem dobrar o contingente e a polícia afegãos,
chegando a 400 mil homens.
"Não acho que o Afeganistão
possa sustentar um Exército
desse porte nem que a comunidade internacional esteja preparada para bancar um Exército desse porte", disse Gates.
Tradução de CLARA ALLAIN
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